Pois é pessoal, há dois anos foi assim a festa no pequeno reduto do municipal onde se encontravam sitiados os bravos e irredutiveis adeptos axadrezados, adeptos esses que no ultimo minuto puderam festejar o golo da vitória do nosso Boavistão.
QUE A HISTÓRIA SE REPITA!!
Para isso é necessário que o pessoal se mobilize e que engrosse ainda mais as nossas fileiras, para que a nossa voz de incentivo seja ouvida pelos nossos jogadores em campo.
CONCENTRAÇÃO NO JARDIM DO MARQUÊS
SÁBADO - 18H30
PASSA A PALAVRA E NÃO FALTES!!
A paixão por uma causa, mais do que um clube ou uma cor, fez-me ser assim.
Inexplicavelmente, fez-me sofrer durante anos, chorar de tristeza e alegria com a mesma intensidade, com o mesmo amor, com a mesma dedicação e devoção com que o faço hoje e farei no futuro.
Sim, é algo que vai mais além do ténue amor por uma camisola, uma bandeira ou um emblema que brilha ao sol e vagueia num verde relvado como uma dança ao som de uma romantica musica que nos embala no mundo do futebol. Vai muito mais além de pertencer a um clube por influencia de alguem ou porque nos ensinaram a sê-lo desde muito pequenos.
È entender o significado de sentir aquele cheiro da relva humida ao entrar no estádio, apreciar o caminhar esgasiado no frenesim daqueles milhares que só param depois de passar a entrada no palco das sensações, é sentir revolta pela revista que nos fazem por trazermos cachecol, boné e camisola do clube, e julgarem-nos marginais de segunda por fazermos parte da curva, é percorrer a escadaria que nos leva a um local parecido com uma plateia e sentir o peso de ser parte de algo que nos dá alma, alegria,dor,felicidade, tristeza.
Sentir que no fim, percorrer-se-á o mesmo caminho,de volta a casa, com emoções imprevisiveis, com o medo, aquele medo da derrota que envergonha as nossas cores.
É caminhar para o nosso lugar, olhando de lado o marcador que ainda nos afaga os sentimentos com um nulo , vazio, que em breve pode ser desfeito e que pedimos divinamente para ser nosso no fim de mais uma batalha.
É aguardar de pernas e mãos trémulas do nervoso miudinho que durante os dias que antecede o périplo nos corta de quando em vez a respiração, nos aperta o peito, nos rouba o apetite e até o sono e nos transporta pelos sonhos deste mundo á parte que só conhece profundamente, quem nele vive e vagueia sem saber muito bem porquê.
É nem sequer querer saber quem manda , quem dita leis, porque o clube é nosso...como um cantico que ouvi há tempos : " somos nós, somos nós...o Boavista somos
nós".
Aqueles sonhos que nos convocam para o nosso clube, do que pode ou não fazer, vivendo intensamente todas as movimentações e comentários á nossa volta.
Percorrer amargamente todo o sentimento de angustia de um qualquer jogo, seja ele determinante ou meramente mais um.
É apreciar o desfraldar das bandeiras, os primeiros canticos amados do nosso lado, odiados no outro, é escutar as risadas dos putos que na bancada passeiam o seu olhar endiabrado e feliz , acompanhando os homens que lá no fundo, no mágico rectangulo, vão preparando o verdadeiro teatro das emoções, num drama que dura pouco mais de hora e meia e nos eleva a uma outra dimensão, que nos convida á exultação e ao gáudio, aoscanticos fanáticos, ao insulto inevitável, quem sabe desculpável por vir do coração, ao aplauso, ao comentário inpensado, ao salto e excitação de uma qualquer chance de golo que fica por marcar e claro, ao interminável e inexplicável delirio da expressão máxima do futebol, que é apreciar o ondular da rede na baliza, ao suave e doce toque da bola, qual objecto capaz de nos fazer esquecer os anseios e angustias da vida, que a muitos roubou já o convivio com os seus entes queridos ,porque entra, ou porque bate no poste, ou porque teimosamente continua a rolar contra a nossa vontade.
É entender o que significa o aguardar de 3 ou 4 minutos mais, que um qualquer árbitro decide conceder, num momento em que vencemos por um golo, contando todos aqueles enormes segundos que parecem horas intermináveis.
É festejar como se fosse sempre a ultima vez, o final de um jogo que nos deixou esgotados, cansados, mas felizes e satisfeitos.
Por isto considero-me um ultra, por isso só eu sei porque faço horas num autocarro enfadonho percorrendo o país de lés a lés, só eu sei o que era fazer contas toda a semana para ver se o dinheiro esticava e dava para o bilhete , só eu sei porque não me calo durante 90 minutos, só eu sei porque choro num golo importante do meu clube, só eu sei porque passo horas debaixo de um temporal num qualquer campo terceiro mundista, gelado com as roupas encharcadas no meu corpo, com fome porque só comi a sandes na auto-estrada, sentindo o frio que me faz adoecer por semanas, perdendo horas de sono, que me fazem viver aturdido nos dias seguintes, e pensando ... porque sou assim?
Foi num destes instantes em que divago um pouco após mais um dia de trabalho, no periodo onde por norma analiso o seu decorrer, que decidi escrever, e no fundo recordar, os meus sentimentos, frustrações e glórias que me acompanharam e acompanham nesta estranha
forma de vida - ser um apaixonado e indefectivel adepto de futebol e até mais do que isso - um Ultra.
Considero-me pertencente a um grupo, algo restrito, daqueles que vivem este fenomeno da forma mais quente, mais sofrida, mais custosa e até mais penosa.
Considero-me um deles, porque de todas as experiencias que vivi, todas as loucuras, vitórias e decepções, me ensinaram durante todos estes anos, a sentir-me recompensado pelo meu clube, o outro grande amor da minha vida...o meu Boavista, os meus Panteras, o meu Mundo, o meu Universo.
Crescer ao seu lado foi a experiencia mais gratificante da minha vida,foi o melhor conselheiro, o melhor contador de histórias que embalaram muitas vezes o meu sono.
Durante anos, senti a triste sensação de nada ganhar, lutar para sentir na pele a traição de perder por ser pequeno, de perder porque o dinheiro ou a influencia jogaram uma vez mais, mais alto.
A sensação de roubo é pior que a sensação de derrota, o grito de revolta que fica preso cá dentro faz eco no nosso dia-a-dia, vive connosco, vive e atormenta-nos.
O sentimento de injustiça é doloroso demais, para quem ama e se dedica.
O auge, a afirmação, o alivio, o grito é a conquista do primeiro grande troféu.. Não há nada como a primeira vez em tudo e no futebol é assim tambem.
É ser adulto e agir como a criança que durante anos não pôde viver o que ali temos, naquele momento que queremos que dure para sempre.
E depois,o convivio com os gigantes deste nobre espectáculo, é um género de sobremesa que saboreamos durante horas , onde vemos os melhores artistas, os melhores maestros, os melhores solistas e nos deliciamos e deleitamos com a sua classe, idolatrando a sua grandeza.
É efectivamente o extase completo e a resposta a todas aquelas perguntas que nos fazemos enquanto nada valemos, enquanto ninguem nada dá por nós.
Mas melhor ainda é sentir que crescemos,é sentir que a dor dos outros nos faz mais fortes, porque esses, uma vez que não conseguem ser melhores do que nós, pelo menos uma vez,
logo vêm tocar os sinos a rebate porque um clube menor , fez o que eles queriam só para
si...e pelo menos uma vez, pelo menos uma vez...fomos os melhores, não fomos os maiores, fomos ... os melhores.
Mas é assim que eu quero, ser menor.
As nossas vitórias são mais gostosas, mais saborosas, mais sofridas mas muito mais festejadas e vividas.
E então comemora-las no Bessa, esse pequeno/grande anfiteatro que me recorda em dias de chuva os terriveis ambientes de um estádio Inglês, com o seu encanto, com o seu fervilhar junto á linha de jogo que faz estarrecer os adversários, com os canticos que ali pairam durante
horas, é o completo manifesto da grandeza de espirito e o orgulho que é ser do Boavista.
Obrigado por me fazeres teu seguidor, como referencia que sempre levarei comigo até ao fim dos meus dias!!
PN FAN ( 2002 )
Sinceramente nem sei muito bem o que escrever... talvez dizer que se tratou de mais um jogo excelente para colocar os nervos em franja de todos os adeptos Boavisteiros.
Num dia de temporal, o estádio do Bessa apresentou-se com uma moldura humana desoladora, marcando presença no Topo Sul, pouco mais de uma centena de ultras axadrezados, que mesmo assim não pararam de incentivar a equipa.
O jogo resumiu-se a uma péssima exibição do Boavista na primeira parte, o que já se está a tornar hábito, agravada pelo facto do golo da equipa adversaria ser conseguido no 1º remate à nossa baliza ( o Estrela teve dois remates durante o jogo todo!! ) e uma 2ª parte a correr literalmente contra o prejuizo, com uma exibição bem mais conseguida e um golito a amenizar o escândalo.
Soube a pouco, a muito pouco mesmo, aliás pergunto como é possivel falhar tantos golos em frente à baliza??
Só nos resta aguardar por melhores tempos ( se eles vierem!! ) e nada melhor que efectuar uma grande exibição na próxima semana no Municipal da Antas e sacar 3 pontos para ver se a moral das tropas sobe um pouco... a ver vamos!!
SAUDAÇÕES ULTRAS!!
O Boavista na época de 81-82 eliminou o Atlético de Madrid na Taça UEFA, na altura uma das melhores equipas da Europa.
Os espanhóis pensavam que era chegar aqui ao Bessa e cilindrar o Boavista, mas as contas acabaram por sair furadas... Num jogo épico, o Boavista venceu por 4-1 para surpresa do mundo do futebol. Mais tarde na deslocação ao Vicente Calderón, na segunda mão da eliminatória, o Boavista apesar de perder por 3-1 seguiu em frente na prova, onde acabaria por ser eliminado na ronda seguinte frente aos também espanhóis do Valência.
Agradecimentos a "Portland"
Enquanto se aguarda pela actualização do nosso site oficial e por inerência do nosso forum, convido todos os Boavisteiros a registarem-se e a participarem no novo forum da VG.
Sei que muitos já andam a "ressacar" pelo facto de neste momento não termos um local que nos permita falar sobre o nosso clube e a nossa claque.
Muito bem, esse local foi agora criado, mais do que não seja temporariamente, por isso já não há razões para desculpas e lamentos.
PARTICIPA : http://velhaguardapn.forumvila.com
No quadro em baixo podemos verificar os países de origem dos nossos visitantes, sabendo de antemão que só são contabilizadas as visitas feitas através de IP`S diferentes.
Como é óbvio a maioria tem origem em Portugal, contudo aparecem de facto alguns países no minimo curiosos...
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Portugal | 6706 | 94.08% |
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United Kingdom | 158 | 2.22% |
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France | 111 | 1.56% |
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Brazil | 35 | 0.49% |
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Switzerland | 32 | 0.45% |
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Spain | 27 | 0.38% |
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Canada | 10 | 0.14% |
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United States | 9 | 0.13% |
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Europe | 8 | 0.11% |
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Ireland | 6 | 0.08% |
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Luxembourg | 5 | 0.07% |
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Germany | 4 | 0.06% |
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Czech Republic | 3 | 0.04% |
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Austria | 2 | 0.03% |
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Australia | 2 | 0.03% |
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Greece | 2 | 0.03% |
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Netherlands | 1 | 0.01% |
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Latvia | 1 | 0.01% |
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Macao | 1 | 0.01% |
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Morocco | 1 | 0.01% |
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Serbia and Montenegro | 1 | 0.01% |
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Bosnia and Herzegovina | 1 | 0.01% |
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Norway | 1 | 0.01% |
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Thailand | 1 | 0.01% |
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Como já devem ter reparado, neste momento tanto o site oficial como o forum PN encontram-se indisponiveis.
Tal situação deve-se ao facto de estarmos a proceder à alteração de servidor e também à renovação da imagem dos respectivos conteudos.
Tudo leva a crer que no máximo até ao inicio da próxima semana tudo esteja já resolvido e perfeitamente funcional..
Fica a informação.
SAUDAÇÕES ULTRAS!!
Já algum tempo que andava para colocar esta noticia no blog, até porque a seguir ao futebol e na minha opinião,o ciclismo é a modalidade mais carismática do BFC ( talvez igualada com o Boxe ) .
Infelizmente como todos sabem, actualmente o ciclismo axadrezado (sobre)vive à custa de "balões de oxigénio" e bem longe da glória alcançada no passado.
Contudo, também ninguém pode negar que a própria modalidade perdeu muito protagonismo a nivel nacional.
Independentemente deste actual cenário menos risonho, quem é que não se recorda da saudosa RECER BOAVISTA e de ciclistas como o José Santiago , Cássio Freitas , Delmino Pereira, Joaquim Gomes, Joaquim Andrade...
Muitas alegrias nos deram por essas estradas do nosso país, elevando bem alto o nome do clube e enchendo de orgulho todos os Boavisteiros.
Das muitas memórias que guardo, existe uma etapa que transcende em grande escala todas as restantes, primeiro porque estámos logo à partida a falar da chamada etapa rainha da Volta a Portugal e segundo porque a subida à Torre no ano de 1994 foi de todo fora de normal.
Lembro-me como se fosse hoje de ter estado pregado à frente da televisão a vibrar com os ultimos quilómetros do assalto à Serra da Estrela.
Só para terem a noção do quanto foi "sui generis" este episódio histórico do ciclismo Português, basta dizer que em pleno mês de Agosto, no topo da Serra, os termómetros marcavam a inimaginavel temperatura de 2 GRAUS NEGATIVOS!!!!!
No ataque final aos ultimos km´s, seguia na frente o nosso Joaquim Gomes juntamente também com o poderoso Orlando Rodrigues ( Artiach ) e com Vitor Gamito ( Sicasal Acral ) e foi nessa altura que se deu a maior disputa que alguma vez vi na história do ciclismo nacional, os três homens já completamente exaustos e perante um tempo horroroso ( houve inclusive ciclistas que tiveram que ser hospitalizados ) , não pararam de trocar constantemente o lugar de lider na etapa.
Felizmente para nós e mostrando uma enorme categoria, é Joaquim Gomes que corta a meta em primeiro lugar e além de se tornar indiscutivelmente no heroi dessa Volta a Portugal, marca a letras douradas o nome do BOAVISTA.
Sem duvida um episódio que deve ser recordado, sempre com a esperança que num futuro próximo se possa vir a repetir iguais feitos.
ASSIM SE VIVE BOAVISTA!!!!
Mediocre será o adjectivo que melhor qualifica a exibição da nossa equipa esta noite em Leiria.
Um jogo no qual só procuramos o empate e só com alguma sorte é que não saimos com a derrota.
Bem sei que a ditadura dos pontos fala mais alto, mas que raio de postura de MERDA é esta?! Um jogo de retranca, de "queima tempo", sem emotividade, sem garra, sem carisma... SEM NADA!!
Fary entra para substituir o Linz aos 94 Minutos por alma de quem?! Marquinhos é jogador para o Boavista?! É dificil arranjar um guarda redes melhor ?!
Custa-me admitir, mas infelizmente o nosso clube neste momento arrasta-se num "pobreza franciscana", sem o orgulho, a personalidade forte e a identidade bem vincada, que tanto nos demarcaram e nos elevaram num passado bem recente... actualmente o Boavista é um clube banal do meio da tabela. ( ponto final )
Alheios a tudo isso, mais uma vez os Panteras marcaram presença na cidade Liz, desta feita com cerca de 60 elementos e apesar do péssimo futebol que assistiram, lá foram apoiando da melhor maneira a equipa.
De salientar o facto que mais uma vez os associados do BFC fizeram-se notar pela sua ausência ( excepção feita a meia duzia de resistentes ) e também realçar o importante pormenor de terem assistido ao jogo o vergonhoso nº de 983 espectadores!!! ... realmente o futebol Português encontra-se moribundo...
Só peço para terem em atenção os dois golos do Boavistão!! VELHO ESTILO!!
O primeiro distintivo foi uma bola de metal branco, que mais tarde passou a ser toda azul com linhas brancas e as letras FCP a branco. O emblema actual surge em 1922, quando Simplício, na época jogador do clube, decide sobrepor ao então emblema as armas da cidade e um dragão envolto numa faixa onde se lê a palavra Invicta.
"O dragão, símbolo heráldico da cidade, mítico e imortal, adapta-se à mística do clube e dos seus adeptos", diz Rui Moreira. O economista, presidente da Associação Comercial do Porto e comentador da RTP, até consegue, num puro exercício imaginativo, ver São João "pela sua ligação às tradições da cidade" como símbolo do seu clube. "Mas o azul e branco liberal, as cores do Porto antes do Estado Novo, são insubstituíveis", sustenta.
A águia foi escolhida como emblema – símbolo de autoridade, espírito da elevação de propósitos e iniciativa. A divisa adoptada foi Et pluribus unum. "Ao contrário do que muitos pensam, Et Pluribus Unum não significa ‘e todos por um’. Significa ‘entre muitos, um’. Ou seja, entre muitos, há um que se destaca; esse um é, obviamente, o Benfica", diz Ricardo de Araújo Pereira, humorista, adepto do Benfica.
O actual emblema surge aquando da união entre o Sport Lisboa e o Grupo Sport Benfica – clube que dava especial atenção ao ciclismo e atletismo –, em 1908. Sobre a roda da bicicleta do Sport Benfica justapôs-se o símbolo do Sport Lisboa. "A história do Benfica interessa-me imenso", diz Araújo Pereira. "Sou incapaz de imaginar outro símbolo que não a águia", acrescenta.
O leão rompante de D. Fernando
Do outro lado da Segunda Circular está um dos eternos rivais do Benfica: o Sporting, um clube que há décadas faz parte dos chamados três grandes. Tem uma história centenária, também marcada pelos títulos e pela glória. É ao Sport Club de Belas e ao Campo Grande Football Clube que remontam as origens do Sporting Clube de Portugal. Fundado oficialmente em 1906, pelo Visconde de Alvalade e pelo neto José de Alvalade, o Sporting deve a escolha do símbolo ao leão rompante do brasão de D. Fernando de Castello Branco, conde de Pombeiro.
Optou-se pelo verde como cor de fundo em sinal da esperança que os jovens atletas depositavam no futuro do clube. Até 1908 o Sporting equipou de camisa e calções brancos; mais tarde surge a camisa bipartida em verde e branco e calções brancos – que em 1915 foram trocados por pretos. As actuais riscas verdes e brancas chegam em 1928 (originalmente destinadas ao râguebi do clube), inspiradas no equipamento do Racing Club de France (listrada azul e branca).
José Diogo Quintela, também humorista, assume: "sempre que vejo o Sporting jogar com outras cores, o chamado equipamento alternativo, não gosto muito". No entanto relativiza a questão: "as cores dos clubes são muito importantes e remetem para a identidade do Sporting, mas não são o Sporting, que é muito mais que isso".
De onde vem, afinal, o original equipamento do Boavista? Da união entre portugueses e ingleses nasce em 1903, o Boavista Footballers. Camisa preta e calção preto, foi este o primeiro equipamento boavisteiro. É em 1933 que surge o equipamento axadrezado, pela mão de Artur Oliveira Valença. Depois de observar uma equipa francesa que alinhava com a camisola xadrez, o à época presidente boavisteiro decidiu adoptar o mesmo modelo. Como emblema foi escolhido um escudo rectangular com quadrados dispostos em xadrez, encimado por uma coroa.
Mais a Sul, e bem perto do mar, mora outro dos clássicos do futebol português: o Clube de Futebol Os Belenenses, também ele detentor de um campeonato nacional conquistado na já distante época de 1945/1946. Em Assembleia-geral realizada no ano da sua fundação - 1919 - discutiram-se os símbolos e os equipamentos a utilizar. A proposta da Cruz de Cristo – numa clara invocação às Descobertas –, em camisola azul – do mar, pois claro – derrotou a proposta de equipamentos brancos com a Cruz de Malta.
Os calções eram pretos no equipamento original, e não brancos como hoje. "Sem desrespeito para com outros clubes, prezo bastante o facto de não termos nenhum animal no emblema, mas apenas a Cruz de Cristo!", diz-nos com orgulho Henrique Amaral, adepto do Belenenses, que não quer sequer imaginar uma alteração no símbolo: "seria como pintar o mar de outra cor e deitar abaixo os Jerónimos".