Que espectáculo!
O expressivo e sensacional triunfo do Super Boavista na Luz, frente ao Benfica, por um expressivo 3-0, deve chegar para convencer os mais cépticos quanto ao valor e ambição da equipa axadrezada. Uma exibição vistosa de uma equipa ganhadora, bem à imagem de Jaime Pacheco, que ontem, deu uma lição de futebol ao seu congénere "encarnado".
Aliás, o futebol português deve muito a esta equipa. Um "outsider" acutilante que transformou a maior prova do futebol nacional em algo cuja imprevisibilidade assume contornos tão fascinantes quanto apetecíveis.
A apenas um ponto do FC Porto, e sabendo-se que os "dragões" ainda tem de se deslocar à Luz e a Alvalade, o sonho boavisteiro ganha cada vez mais consistência. E apesar de João Loureiro, o presidente, não assumir a luta pelo título, estranho seria os futebolistas ficarem imunes a toda a envolvência que os rodeia. O Boavista é candidato porque aquele grupo de atletas tem potencial para tal. E ainda bem que assim é, para bem do nosso futebol.
Pelo contrário, o Benfica perdeu soberana oportunidade de "assaltar" a segunda posição, lugar que dá acesso à milionária Liga dos Campeões, ocupando o terceiro lugar a quatro pontos da liderança.
Com o Boavista em plano de destaque, pela forma insinuante como ameaça os grandes do futebol português, o campeonato está ao rubro. Num futebol conhecido internacionalmente pelas muitas polémicas que o envolvem, parece agora ter chegado o momento do campeonato português ser olhado pelos altos níveis de competitividade que hoje, indiscutivelmente, apresenta.
( in "Correio da Manhã" )